Campos do Jordão (SP) – As tenistas que estão disputando a Credicard MasterCard Tennis Cup, em Campos do Jordão, receberam com estranheza a notícia de que a WTA colocará em teste a entrada do técnico em quadra, durante o jogo. A entidade maxima do tênis feminino começa a testar as mudanças, em agosto, permitindo que o treinador entre m quadra uma vez durante cada set e nos intervalos dos sets.
Primeira brasileira a avançar às quartas-de-final, depois de vencer a holandesa Seda Noorlander, campeã de 2001, por 6/3 6/2, a brasiliense Larissa Carvalho, acredita que a entrada do técnico em quadra é diretamente ligada a competições por equipe, como a Fed Cup, a versão feminina da Copa Davis. “Acho que não tem nada a ver. O tênis é um esporte individual e no meio do jogo acho que daria mais discussão com o técnico do que ajudaria. O técnico tem que falar com você antes do jogo e nos treinamentos,” comentou Larissa, que é treinada por Santos Dummont, com quem viaja algumas vezes para os torneios.
Já Carla Tiene, treinada por Mauro Menezes, técnico da Copa Davis e que nesta quinta-feira enfrenta a argentina Betina Jozami, em busca de vaga nas quartas-de-final, em Campos do Jordão, acha que se viajasse sempre com o treinador poderia ser beneficiada. “Mas é uma coisa que acontece muito raramente e isso vai acabar prejudicando as tenistas que não podem viajar com o técnico. Favorece muito as tops e as jogadoras européias, que competem perto de casa e sempre tem um treinador junto, ou seja, que já têm esse benefício.”
O próprio treinador, Menezes, aprova a iniciativa da WTA. “Acho bárbaro. O tênis é um dos poucos esportes que não permitem que o técnico fale com o jogador durante o jogo. Tudo que for para melhorar o espetáculo é válido.” Assim como Menezes, Danilo Marcelino, diretor da Credicard MasterCard Tennis Cup, ex-capitão da Fed Cup e também ex-top 100 na ATP, gostou da idéia. “É excelente e acho que os homens também deveriam seguir este caminho. É bom para o esporte e para as próprias jogadoras”.
Cabeça-de-chave 2 do torneio, a paulista Jenifer Widjaja, concorda com Tiene, no que se refere à importância dos treinadores nas competições e acha até que ajudaria conversar com o técnico no meio do jogo. Mas, se sentirá prejudicada, por não poder viajar sempre com o técnico. “É bom você falar com alguém que esteja vendo o jogo de fora da quadra. Mas a gente quase não viaja com técnico e isso só beneficiaria as tenistas tops”. Nesta quinta-feira Widjaja, que está em Campos do Jordão com o treinador Oswaldo Biffe, joga por vaga nas quartas-de-final contra a chilena Maria Irigoyen.
A Credicard MasterCard Tennis Cup é uma realização da Try Sports, com o patrocínio da Credicard e da MasterCard e o apoio de Duchas Corona, Orbitall, Contax, Unidas, Sagem Orga, Fila, Terroir, Dunlop – a bola oficial, Balance, Jornal O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Revista Forbes, Revista Tennis View, BandSports, TV Bandeirantes, Rádio BandNews FM, Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo, Secretaria de Esportes de Campos do Jordão, Ministério do Esporte, CBT, ATP, WTA e ITF.