Padrinho do Circuito Unimed de Tênis infanto-juvenil brasileiro 2006, o ex-tenista profissional Thomaz Koch chegou neste sábado a Americana, no interior de São Paulo, para prestigiar a final da 6a etapa da competição, que acontece neste domingo, a partir das 8hs30, no Clube Amizade de Tênis (Est. Municipal, 801 – Dist. Industrial – Nova Odessa/ SP), definindo os classificados para o Master da temporada. Acompanhado por Mauro Menezes, atual técnico da equipe brasileira na Copa Davis e convidado do circuito, ele concedeu entrevistas à imprensa local, falando um pouco sobre o esporte no Brasil.
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Felizes por participarem da competição durante todo o ano, Koch e Menezes concordam com a idéia de que é em competições como esta que os garotos tem a oportunidade de evoluir e avaliar o nível de seu jogo. “Acho importante essa chance de integração que eles tem no circuito. Estão sempre marcando de se encontrar na próxima etapa. O tênis é feito de treinamento diário que se torna chato se não existem competições. Tênis é quilometragem, que só é possível com os torneios”, disse Koch, que prefere ser cauteloso quando o assundo é a volta de Gustavo Kuerten.
“A boa notícia é que ele (Guga) está jogando sem dores físicas. Para quem já foi número 1 do mundo é muito doloroso (emocionalmente) voltar a jogar depois de tanto tempo parado, porque tem muito mais frustração do que alegria durante o dia, mas o Guga tem tanto prazer em jogar que a impressão que dá é que vale a pena qualquer sacrifício. No treino ele sempre quer jogar mais um pouco, sempre quer dar mais um saque. O Zico era assim. Sempre queria bater mais uma falta. E assim são os grandes campeões”, lembrou Thomaz.
Finalista da etapa de Assunção da Copa Petrobras, o brasileiro Flávio Saretta, que deu suas primeiras raquetadas nas quadras do Clube Amizade de Tênis, teve seu potencial ressaltado por Mauro Menezes durante o bate-papo. “O Saretta tem muita habilidade. Se fosse diferente, não tinha conquistado o que já conquistou, mas acho que falta ele ter um envolvimento total com o tênis, ter a vida voltada somente para o esporte. O brasileiro, por natureza, é muito voltado pra família e para o País. Já os estrangeiros são mais frios e acabam se dando melhor”.
Quando o assunto foi o tênis em geral, Koch enfatizou que os brasileiros tem muita facilidade em praticar qualquer esporte com bola, mas, assim como Menezes, acredita que ainda pecam muito pela falta de empenho. “Até os 13 anos de idade a habilidade conta muito, mas depois disso ela tem que estar aliada ao trabalho. Tênis é 90% transpiração (trabalho) e 10% inspiração. Tem muito chão entre ser um bom juvenil e um bom profissional. O dia-a-dia de um tenista não é o mar de rosas que todo mundo pensa. Dá dó de ver a dedicação do Guga. Ele chega a ficar de 6 a 8 horas por dia com a atenção totalmente voltada aos treinos e não é todo mundo que está afim disso. Acredito que se você vence no tênis é um vencedor na vida”.
Mauro, por sua vez, lamenta que o Brasil não tenha aproveitado o auge da Era Guga Kuerten. “Infelizmente o tênis ainda é visto por alguns como um esporte de elite. O Guga contribuiu muito para a popularização desse esporte e não plantamos nada em favor disso. Usamos o que já tinha e pronto. Agora, estamos pagando um preço alto por isso, porque temos que começar do zero”.
Quanto as promessas do tênis no Brasil, ambos preferem não fazer apostas, apenas garantem que os circuitos juvenis estão repletos de talentos. “Não gosto de citar nomes, porque aí cria-se muita expectativa sobre os garotos e não acho isso saudável. Particularmente, eu gostaria de ver mais meninas jogando. Acho que a ausência delas é mais uma questão de criação. Elas começam a jogar e quando completam uns 15 anos deixam de ter o tênis como prioridade em suas vidas”, finalizou Koch.
Finais da 6a etapa do Circuito Unimed Juvenil – Os primeiros tenistas a garantir vaga na decisão da competição foram os atletas das categorias 12 anos masculino e 14 anos masculino e feminino. Nos 12 anos, a briga pelo troféu de campeão será entre os paulistas Michel Haddad e Higor Silva; nos 14 anos feminino duelam na última rodada a goiana Juliana Bacelar e a paulista Flávia Ribeiro; e a final dos 14 anos masculino estarão os paulistas Marcos Dias e Felipe Custódio.
A temporada do circuito – Desde o início da temporada, o Circuito Unimed de tênis infanto-juvenil brasileiro já passou pelas cidades de Florianópolis, Itajaí, Rio de Janeiro, Uberlândia e Goiânia. Após os jogos de Americana, que se encerra no dia 19, o torneio segue para o Master com os oito melhores tenistas de todo o circuito e mais um atleta convidado, nas categorias 12, 14, 16 e 18 anos – masculino e feminino.
Prêmio – Além de troféu, os campeões gerais de toda a temporada do Circuito Unimed de tênis infanto-juvenil brasileiro ganham como prêmio uma ajuda de custo no valor de R$ 1.500.
O Circuito Unimed de Tênis infanto-juvenil Brasileiro 2006 é uma realização da Unimed Brasil, com a organização da Try Sports e apoios de Unimed Seguros, Dunlop – a bola oficial do circuito, Olympikus – a marca esportiva oficial, Revista Tennis View e Confederação Brasileira de Tênis. Também apóiam esta 6a etapa a Federação Paulista de Tênis, AdvanceSports, Hotel Nacional de Americana e os clubes Amizade de Tênis e Bosque.