Campos do Jordão (SP) – Os tenistas que disputam a 4a etapa do Citibank Masters Tour 2006, no Club athlético Paulistano, em São Paulo, se mostraram satisfeitos com a nova regra do Pan-Americano, que dá prioridade aos tenistas medalha de ouro nos jogos do Rio 2007, na chave dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.
Para os ex-profissionais que representaram o Brasil em edições anteriores do Pan, esse é um evento inesquecível por se diferenciar de todo o resto. Como esporte individual, o tênis oferece poucas oportunidades de disputas por equipes. E a integração entre todos os esportes acaba sendo uma experiência inédita para a maioria dos jogadores.
“ O Pan-americano foi a maior emoção que tive na carreira, ao lado da Copa Davis, é claro. Imagino que Olimpíada- na minha época não tinha tênis- seja muito mais emocionante e poder garantir uma vaga um ano antes é excelente. A integração entre atletas, modalidades e paises me mostrou que dentro de uma Vila Olímpica todos falam a mesma língua, correm atrás dos mesmos objetivos e torcem uns pelos outros. É uma experiência inesquecível” , disse Thomaz Koch, dono de quatro medalhas de Pan-americano.
Para Fábio Silberberg, que não teve a chance de participar de uma competição deste porte, a realização de um torneio classificatório para distribuir pelo menos uma vaga na chave do Pan, seria uma motivação extra para qualquer jogador.
“ Eu gostaria de ter disputado um Pan-americano, mas estava jogando tênis universitário nos EUA e não tive essa chance. Fazer um Pré-quali é permitir que um atleta que está em um bom momento, mas não tem ranking, possa estar lá. Quem não lembra da medalha de ouro do Fernando Meligeni em Santo Domingo? Era dia dos pais e todo mundo parou para assistir. O Fino entrou para a história com aquela medalha” , lembrou Slberberg.
Por ser no Brasil, o Pan 2007 terá características diferentes para os brasileiros. Vão estar em casa, com apoio da torcida, mas o congraçamento entre os esportistas não muda e para Ivan Kley, que jogou em Porto Rico, em 1979, esse é o maior prêmio que um tenista pode ter.
“ Naquela época, Cuba estava em uma fase muita boa no esporte e fomos para lá querendo descobrir o que eles faziam, como treinavam, se alimentavam, enfim, aprender um pouco com eles. Dividimos quarto com o pessoal do Arco e Flecha, uns torciam pelos outros, tenho boas lembranças daquele evento” , contou.
Lembranças que ficam para sempre na memória dos jogadores, independente do País ou das medalhas que ganharam ou deixaram escapar. Nas semifinais desta tarde, por exemplo, Thomaz Koch, técnico da equipe medalha de ouro nas simples masculina e feminina, em 1987, em Indianápolis, estará, ao lado de Patrício Arnold, disputando vaga na final contra Júlio Góes e Pablo albano, que defendia a equipe da Argentina na competição.
“ Lembro que nós tínhamos um delegado que não era do tênis e eu olhava para o Brasil e pensava: eles tem Thomaz Koch !!!!” , falou Albano. Na outra semifinal desta tarde, jogam Danilo Marcelino e Mauro Menezes contra César Kist e Fábio Silberberg. Os jogos começam `as 17 horas, com entrada gratuita no Club Athletico Paulistano.
A final do Citibank Masters Tour acontece neste domingo, `as 11 horas.
O Citibank Masters Tour 2006 é uma realização da Try Sports Empreendimentos Esportivos, com o patrocínio do Citibank e o apoio de Visa, Legg Mason Funds, Varig, BandSports, Metlife, IBM e Revista Tennis View. Olympikus é a marca esportiva oficial do circuito. Também apóiam esta terceira etapa o Clube Athletico Paulistano.