O medalhista de bronze na natação no revezamento 4 x 200m nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, Cyro Delgado, segue envolvido com o esporte. Hoje ele faz parte da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro e cuida da Comissão de Projetos Esportivos Incentivados-RJ(CPEI). Em Campos do Jordão, Delgado prestigiou a Citibank MasterCard Tennis Cup e conversou com o site da Try Sports.
Try Sports – Como começou o seu envolvimento com o projeto Olímpico?
Cyro Delgado – Fui convidado pela secretária de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia Lins. Eles queriam um olímpico para comandar os projetos incentivados, ou seja, com isenção de ICMS. Por ser atleta, ter esse conhecimento de já ter participado de competições e vivenciado tudo isso. É um trabalho para trazer visibilidade para o Estado do Rio de Janeiro como um todo, não só a cidade do Rio de Janeiro. Agora com a Rio 2016, estamos procurando projetos que tragam visibilidade internacional, que mostre que somos capazes de organizar eventos deste porte.
TS – Quais os pontos fortes do Rio de Janeiro para ganhar da concorrência e sediar os Jogos Olímpicos em 2016?
CD – A gente teve a experiência do Pan 2007, que foi ótima, com uma série de avaliações positivas. Já ouvi o ‘feedback’ positivo de vários atletas internacionais, todos ficaram entusiasmados com a estrutura. Outro fator é o foto de a gente nunca ter tido Jogos Olímpicos na América do Sul e Central. A Europa já recebeu várias, a Ásia foi a última, Estados Unidos também. O Rio de Janeiro tem um ponto muito favorável que além da beleza natural é o fato dos legados do Pan, a estrutura, a Vila Olímpica ser tudo próximo. Para o atleta é uma comodidade muito grande. Agora, o que tem me deixado mais animado e entusiasmado é o fato do presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, todos estão falando a mesma língua com um comprometimento de valores.
TS – Você que é um medalhista olímpico. Qual a importância para os atletas e para o país em sediar os Jogos Olímpicos?
CD – A primeira coisa é que teremos equipamentos de alto nível, graças a lei de incentivo federal. Então teremos um centro de treinamento mais condicionado à perfeição. Além disso, tem o Intercâmbio de turismo e também entre os atletas. É importante para mostrarmos que somos capazes e que não temos só o futebol, apesar de ser um diferencial nosso, temos outros esportes. É um incentivo grande para as crianças ingressarem no esporte.
TS – Como o tênis surgiu na sua vida?
CD – Eu comecei no tênis depois de uma clínica com o Carlos Alberto Kirmayr, no Rio de Janeiro. Ele me incentivou, mas eu comecei tarde, com 40 anos. Sou um amante do tênis, meu pai sempre jogou como amador. O tênis traz uma emoção diferente, existe uma troca com a outra pessoa, que é uma coisa que não tem na natação.
TS – Você aproveitou para bater uma bola aqui em Campos do Jordão?
CD – Aqui é um espaço muito bom, difícil de encontrar na natação. É um trabalho muito bom da Try Sports. São muitos empresários, pessoas importantes que querem fazer o bem para o esporte.
TS – Por falar em natação, você pôde acompanhar de perto as vitórias do Cesar Cielo no mundial de Roma. Como foi?
CD – Estive no mundial de Roma, conversei muito com o Cielo e ele ainda não está usando 100% do que ele tem para dar. Ele está ainda em 90%, do potencial dele, então ele ainda pode render muitas coisas ao Brasil. Ele abriu o revezamento junto com o Phelps e ele está tão bem que eu vi o Phelps sair da piscina e ir cumprimentar o Cielo e dizer que ele estava nadando muito. O Cielo tem uma simplicidade incrível.Assim como o Guga foi no tênis ele é na natação. É uma pessoa querida, ganhou o público italiano com o seu carisma.