Entre um set e outro, os tenistas que disputam o Citibank Master Tour no Rio de Janeiro se reuniram para ver o Brasil jogar contra a Alemanha, por uma vaga na final da Copa das Federações, neste sábado. E como qualquer brasileiro, opinaram sobre a seleção comandada por Carlos Alberto Parreira. Não chegaram a escalar a equipe, mas criticaram alguns jogadores e, claro, a escalação do técnico nas últimas partidas da equipe.
“Eu acho uma pena que não seja mais possível a seleção Brasileira jogar com espetáculo. Se do meio para frente a gente parece que está num circo, do meio para trás é uma peneira. Só sabe dar show quando não tem marcação em cima, quando tem, não consegue jogar. Isso é meio cultural, as seleções brasileiras sempre foram assim”, analisou Thomaz Koch.
O parceiro de Koch na semifinal da 2a etapa do Citibank Masters Tour, no Rio de Janeiro, Roberto Jábali, é um torcedor de carteirinha do São Paulo e da seleção brasileira. Para ele, o que falta é determinação.
“A qualidade técnica dos atletas brasileiros é indiscutível, só está faltando determinação aos jogadores, para ganhar com um placar mais amplo”.
A posição de Betão é defendida também pelos tenistas Júlio Góes e João Soares.
“Eles podiam dar um pouco mais de raça, mas acredito que na hora em que precisar, eles vão mostrar”, falou Soares.
“Estão jogando para o gasto, não estou vendo ninguém dar 110% em campo”, completou Góes.
Em uma análise diferente, César Kist mostrou que vem acompanhando o futebol há bastante tempo.
“O esquema tático do Parreira nesta copa está sendo bastante diferente das características dele, mais conservadoras, talvez por isso a gente esteja estranhando um pouco o sistema de jogo da seleção, mas ele está testando vários jogadores e isso pode ser bom no futuro. De qualquer forma, do meio para trás, o time continua frágil, não muito sólido”, analisou Kist.
Quem não quis dar nenhuma opinião foi Patrício Arnold, único argentino do grupo. Se as duas seleções vencerem hoje, podem decidir o título da Copa das Federações, e por estar em desvantagem numérica e ter que encarar uma semifinal no tênis contra amigos brasileiros, não é uma boa hora para entrar em conflito.
“Não comento sobre seleções adversárias”, finalizou o assunto.
Arnold e Júlio Góes enfrentam César Kist e Alexandre Hocevar na primeira semifinal deste sábado, enquanto Thomaz Koch e Roberto Jábali encaram Mariano Ferraz e Luis Mascarenhas, em busca de vaga na final do Citibank Masters Tour.
A final do Citibank está marcada para as 11 horas de domingo, no Country Clube.
O Citibank Masters Tour 2005 é uma realização da Try Sports Empreendimentos Esportivos, com o patrocínio do Citibank e o apoio de IBM, Visa, Varig, Country Clube do Rio de Janeiro, Sheraton Rio e Revista Tennis View.