O ex-tenista profissional catarinense Ricardo Schlachter, que chegou a ser o número 260 no ranking da ATP, trabalha há quatro anos como o coordenador e treinador da equipe de competição do Joinville Tênis Clube. Nesta entrevista, o técnico comenta sobre os destaques de sua equipe e do prazer em treinar novos talentos. Confira:
Try Sports – Há quanto tempo você está neste projeto de desenvolvimento do tênis aqui em Joinville?
Ricardo Schlachter – Estou na coordenação da equipe de tenistas do Joinville Tênis Clube pelo quarto ano. A idéia desde o início era formar uma equipe de competição. O primeiro passo foi formar uma equipe de profissionais competentes, com o Mark Caldeira de Preparador Físico, eu e o José Luiz Alves na parte técnica, além de psicóloga e nutricionistas. Na minha opinião, esse é o segredo para ser ter bons resultados, começar com uma boa equipe.
TS – Qual a avaliação que você faz do trabalho até agora?
RS – Eu acredito que estamos numa evolução boa. Claro que temos erros, mas também muitos acertos e vamos melhorando aos poucos. Hoje em dia temos 25 tenistas, no total, e 13 deles estão no nível de competição. Os destaques são o Renato Junio, Joacir Compagiotto, Milena Poffo, Gabriela Eufrásio. As duas últimas já estão na fase pré-profissional, que é sempre mais difícil.
TS – Quais são as metas?
RS – O grande objetivo é formar um grande jogador de tênis. O sonho sempre é quem sabe ter um novo Guga, mas mesmo é claro que a gente sabe que o caminho é muito longo e depende de muitos fatores para se obter êxito. Mas é importante sempre sonhar alto e de repente colocar alguém entre os 100, ou 50 do mundo. A gente sabe que mesmo fazendo tudo certo pode não acontecer, mas trabalhamos para termos resultados.
TS – Você pretende viajar com as garotas em fase pré-profissional?
RS – Em maio vou viajar com a Milena e a Gabriela para ficarmos dois meses na Europa. Num primeiro momento elas jogarão interclubes na Alemanha e depois a idéia é disputar alguns Futures em Portugal.
TS – O que te mantém motivado para seguir acreditando neste trabalho?
RS – Na verdade, eu gosto muito de passar informações. O que me mantém motivado é poder contribuir para o crescimento da pessoa e tentar passar um pouco de tudo que aprendi nesses 20 anos de tênis.
TS –Como faz para se atualizar e crescer em sua profissão>?
RS- Tento aprender sempre com outros profissionais, lendo livros e participando de curso. Tenho certeza de que hoje eu sou um treinador bem melhor do que há cinco anos e daqui a 10 anos vou ser melhor ainda. Essa filosofia eu tento passar também para os jogadores porque se neste ponto da vida deles, se eles acharem que já estão no auge é porque não há mais nada para melhorar.